O impacto de bons hábitos na alimentação e saúde das crianças

Elas passam cada vez mais tempo em telas, aprendem que fast food é uma forma de entretenimento e, por causa da pandemia, os espaços para brincadeiras estão mais limitados.

Poucos pais conseguem enxergar as consequências desse cenário na rotina dos seus filhos e os problemas que podem gerar no futuro.

O uso de smartphones, tablets e televisão, por exemplo, interferem diretamente na quantidade e na qualidade dos alimentos que as crianças estão consumindo quando essas telas são permitidas durante as refeições.

Elas acabam comendo além ou aquém da quantidade necessária e perdem o foco no paladar com tantos estímulos audiovisuais.

Outros grandes vilões nos hábitos alimentares das crianças são os alimentos ultraprocessados e o açúcar. Salgadinhos, sucos de caixinha, refrigerantes e todos os tipos de fast food que são incentivados como um tipo de diversão, de premiação para crianças.

Quem nunca comprou o lanche infantil em redes de fast food só porque o filho(a) queria o brinquedo que acompanha o lanche?

Os perigos da má alimentação

Segundo o Ministério da Saúde, a estimativa é que 6,4 crianças estejam acima do peso no Brasil e 3,1 já estão obesas.

E a obesidade, como uma doença crônica, está associada a outros problemas de saúde como hipertensão, intolerância à glicose e esteatose hepática.

Por isso, é extremamente importante prevenir o sobrepeso infantil desde a introdução alimentar.

E aí fica claro o quanto o estilo de vida da família influencia nos hábitos alimentares das crianças e, consequentemente, no risco de evoluir do sobrepeso para a obesidade ainda na infância.

O que fazer para a criança se alimentar melhor? 

Durante a introdução alimentar é importante que ela experimente a maior variedade possível de alimentos.

Para isso, o que os especialistas sugerem é que a comida da criança não deve ser preparada à parte e sim junto com a de toda família. Assim, fica mais fácil de organizar as refeições e não estimula a seletividade de alimentos.

Mas é importante que sejam alimentos de qualidade e não os ultraprocessados disponíveis no mercado.

Frutas, legumes, cereais e grãos…Comida de verdade e sem aditivos químicos.

O ideal é usar a criatividade e oferecer às crianças os alimentos com preparações e texturas diferentes.

A fruta, por exemplo, pode ser oferecida como suco feito na hora sem adição de açúcar. Os vegetais também podem entrar no preparo da bebida, aumentando o seu valor nutricional.

Essas e outras informações sobre como ajudar o seu filho(a) a se alimentar de forma saudável, você pode encontrar no Guia Alimentar para Crianças Brasileiras, elaborado pelo Ministério da Saúde.